Os proventos e os incontáveis benefícios dos juízes, assim como o custo do judiciário no Brasil, superam os de muitos países desenvolvidos, o que por si só já é um ultraje para o povo brasileiro, onde a maioria vive em condições aviltantes.
Embora a altíssima despesa com recursos públicos, que em 2019 chegou a um custo total de mais de cem bilhões de reais, o judiciário, com exceções é claro, ganha muito e faz muito pouco, por vezes age contra a lei, visa interesse próprio, é parcial e apenas para encerrar o assunto atua com uma falta de vontade descomunal; para a maioria dos integrantes do judiciário (juízes, servidores em geral, desembargadores) é um desprazer atender partes e advogados.
Uma das características que mais define a justiça brasileira é a lerdeza. Hoje o prêmio de justiça mais lenta vai para Natal (RN), onde um mandado de segurança impetrado no ano de 2011 ainda segue indefinido; o segundo e terceiro lugar ficam com Recife (PE) e Salvador (BA), onde tramitam respectivamente duas ações monitórias desde o ano de 2014, sem que tenham sido sentenciadas. Justiça lenta é tudo, menos justiça.